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domingo, 20 de março de 2011

Projeto Rota Acessível é notícia no Jornal da UNICAMP

No dia 16 de março de 2011 foi publicada, no Jornal da Unicamp, reportagem sobre o Projeto Rota acessível. Segue a mesma abaixo:

Unicamp desenvolve mapa tátil e sonoro para orientação espacial de deficientes visuais
Por Manuel Alves Filho
Fotos: Antonio Scarpinetti Edição das imagens: Everaldo Silva
Um mapa tátil e sonoro voltado para a orientação espacial de deficientes visuais que circulam pelo campus da Unicamp em Campinas está em vias de ser concluído por pesquisadores do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) e Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC). Segundo João Vilhete V. d’Abreu, pesquisador do Nied e um dos responsáveis pelo projeto, já foram desenvolvidas duas versões do equipamento. “Dentro de dois meses, teremos o modelo final, com algumas melhorias, algumas delas sugeridas pelos futuros usuários. Nossa expectativa é que o mapa seja adotado pela Universidade, para a construção do que chamamos de Rota Acessível. O interessante é que a tecnologia pode ser usada para orientar os indivíduos com deficiência visual em qualquer local, seja numa casa, seja num campus universitário, seja numa planta industrial, seja numa cidade”, afirma. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


O mapa tátil e sonoro é constituído por uma caixa de madeira, dotada de um processador e de um chip voice. Na superfície superior há uma “implantação” que reproduz o que seria a vista aérea do campus da Universidade, na qual são representadas algumas edificações. Por meio de relevos e texturas distintas, “prédios-chave” e caminhos são destacados. Ao lado destes, há botões que, ao serem acionados, liberam uma informação sonora (voz previamente gravada) do tipo “Você está no Ciclo Básico”. De acordo com D’Abreu, tanto o software quanto o hardware empregados no equipamento foram desenvolvidos na Unicamp, com a colaboração de alunos de iniciação científica e pós-graduação.




Um aspecto importante relacionado ao desenvolvimento do mapa tátil e sonoro, assinala a professora Núbia Bernardi, que também coordena o projeto, é que o trabalho contou com a participação dos potenciais usuários. As duas primeiras versões foram submetidas à análise deles. “Esse procedimento foi importante por dois motivos. Primeiro, porque pudemos verificar com os maiores interessados quais eram os principais acertos e falhas do protótipo. Segundo, porque eles deixam de ser simples usuários da tecnologia para assumir a posição de protagonistas dessa solução”, explica a docente. Após as considerações dos deficientes visuais, os pesquisadores resolveram, por exemplo, eliminar a inclinação que a caixa apresentava.


De acordo com d’Abreu, a terceira e última versão do mapa tátil e sonoro trará como aperfeiçoamentos: legendas em Braille e em caracteres, bem como textos em letras grandes e com cores fortes. “Isso permitirá que as pessoas com baixa visão também possam usar o equipamento”, esclarece o coordenador do Nied. Ele diz que assim que o modelo final for concluído, a ideia é instalar o instrumento em pontos estratégicos do campus de Barão Geraldo. “Estamos em contato com a Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO), para tentar estabelecer a primeira parte da Rota Acessível”, conta.


A referida rota faz o contorno parcial do Ciclo Básico e a ligação deste com o Ciclo Básico II e a Biblioteca Central Cesar Lattes (BC-CL), estendendo-se até o ponto de ônibus instalado próximo à Faculdade de Educação Física (FEF) e Ginásio. “Escolhemos esse percurso porque o Ciclo Básico é um ponto emblemático para a Unicamp e também porque esse trecho é o que mais recebe afluência de pessoas”, acrescenta a professora Nubia. Na avaliação dela, o ideal seria que todo o campus fosse acessível. “Entretanto, temos que começar por algum ponto. As conversas que estamos tendo com a CPO estão sendo muito positivas e acredito que temos boas chances de implantar essa primeira rota”, considera.


Tanto a docente da FEC quanto d’Abreu ressaltam que o projeto Rota Acessível tem duas dimensões importantes. A primeira é de ordem acadêmica, visto que os trabalhos envolvem a participação de estudantes de graduação e pós-graduação no seu desenvolvimento. A segunda, de caráter social, é igualmente relevante porque procura oferecer instrumentos que contribuam para ampliar a autonomia dos deficientes visuais. “Esse ponto é muito significativo, porque essas pessoas deixam de ser objeto de ações meramente assistencialista e passam a ter uma postura participativa quanto aos próprios destinos”, diz d’Abreu.


O Projeto Rota Acessível teve início com as pesquisas conduzidas pelo coordenador do Nied em 2006. Na época, o objetivo do pesquisador era conceber um mapa tátil e sonoro para ser utilizado em sala de aula, durante as tarefas de ensinoaprendizagem de geografia. Posteriormente, já em parceria com a professora Núbia, o projeto foi transformado em objeto de trabalho de iniciação científica e, por último, na pesquisa financiada pela Fapesp, agora em vias de ser concluída. Além da construção da terceira e última versão do mapa tátil e sonoro, o próximo passo dos pesquisadores será providenciar o registro para a proteção intelectual do invento. “A tecnologia que compõe o equipamento é conhecida, mas a ‘usabilidade’ que conferimos a ele é sem dúvida inovadora e merece ser protegida”, conclui d’Abreu.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Construção do 2º Protótipo do Mapa tátil-sonoro

As fotos que seguem mostram o momento de construção do 2º Protótipo do Mapa tátil-sonoro. Este aconteceu no Laboratório de Modelos e Maquetes da FEC/UNICAMP e contou com a participação do técnico da maquetaria, Tião, e dos alunos, membros do Projeto Rota Acessível, Giovani e Bruno.

Foto 1: Preparo para fixação da prancha prototipada na base da maquete.


Foto 2: Fixação da prancha de superfície da rota.


Foto 3: Adequação dos vãos para a colocação dos sensores.

Foto 4: Colocação dos Sensores Sonoros.

Foto 5: Ajuste da fiação dos sensores.

Foto 6: Visualização dos dispositivos de hardware.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência do Distrito Federal

Entre os dias 9 e 12 de novembro, será realizado o 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência do Distrito Federal – uma produção do Instituto Muito Especial em parceria do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O objetivo do evento é reforçar a importância do tema e apresentar as inovações na área de Tecnologia Assistiva. Além de, claro, debater a inclusão social da pessoa com deficiência.

http://www.congressoassistivabrasilia.org.br

O projeto Rota Acessível não poderia deixar de estar presente em tão importante evento, assim, além de participar da Mesa-redonda "Tecnologia Assistiva na Educação Inclusiva", também apresentará o banner que segue abaixo:


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rota Acessível no SNBU 2010

De 17 a 22 de outubro de 2010 acontecerá no Rio de Janeiro o "XVI Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias/II Seminário Internacional de Bibliotecas Digitais-Brasil" e o Projeto Rota Acessível terá a sua participação com a comunicação oral "Desenvolvimento de um mapa tátil como ferramenta de auxílio ao percurso do usuário".

O trabalho a ser apresentado traz importantes reflexões sobre a concepção, desenvolvimento e implementação de Mapa Tátil Sonoro, visando o aprimoramento de equipamentos que auxiliem o processo de construção da cidadania e oferecendo uma condição de locomoção mais segura e autônoma para indivíduos com diferentes habilidades visuais.

Para maiores informações sobre o evento acessar o link http://www.snbu2010.com.br/